Às vezes, as coisas dão errado. Este guia tem como objetivo ajudá-lo a corrigir esses problemas. Ele está dividido em duas seções:
Depurando sua aplicação - Útil para usuários que estão implantando código no Kubernetes e se perguntando por que não está funcionando.
Depurando seu cluster - Útil para administradores de clusters e para aqueles cujo cluster Kubernetes está apresentando problemas.
Você também deve verificar os problemas conhecidos da versão que está utilizando.
Obtendo ajuda
Se o seu problema não for resolvido por nenhum dos guias acima, há várias maneiras de obter ajuda da comunidade Kubernetes.
Perguntas
A documentação neste site foi estruturada para fornecer respostas a uma ampla gama de perguntas. Conceitos explicam a arquitetura do Kubernetes e como cada componente funciona, enquanto Configuração oferece instruções práticas para começar. Tarefas mostram como realizar tarefas comumente utilizadas, e os Tutoriais são guias mais abrangentes de cenários reais, específicos da indústria ou de desenvolvimento completo de ponta a ponta.
A seção de Referência fornece documentação detalhada sobre a API do Kubernetes e as interfaces de linha de comando (CLIs), como kubectl.
Socorro! Minha pergunta não foi respondida! Preciso de ajuda agora!
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Também existem muitos canais específicos por país/idioma. Sinta-se à vontade para entrar nesses canais para suporte localizado e informações:
Antes de registrar um problema, pesquise os problemas existentes para verificar se sua questão já foi abordada.
Se for relatar um bug, inclua informações detalhadas sobre como reproduzir o problema, como:
Versão do Kubernetes: kubectl version
Provedor de nuvem, distribuição do SO, configuração de rede e versão do runtime do container
Passos para reproduzir o problema
1 - Solução de Problemas em Aplicações
Depuração de problemas comuns em aplicações conteinerizadas.
Este documento contém um conjunto de recursos para solucionar problemas em aplicações conteinerizadas. Ele aborda questões comuns relacionadas a recursos do Kubernetes (como Pods, Services e StatefulSets), orientações para interpretar mensagens de término de contêineres e métodos para depurar contêineres em execução.
1.1 - Depuração de Pods
Este guia foi criado para ajudar os usuários a depurar aplicações implantadas no Kubernetes
que não estão se comportando corretamente. Este não é um guia para quem deseja depurar seu cluster.
Para isso, você deve conferir este guia.
Diagnosticando o problema
O primeiro passo na solução de problemas é a triagem. Qual é o problema?
São seus Pods, seu Replication Controller ou seu Service?
O primeiro passo para depurar um Pod é examiná-lo. Verifique o estado atual
do Pod e eventos recentes com o seguinte comando:
kubectl describe pods ${POD_NAME}
Observe o estado dos containers no pod. Todos estão em Running?
Houve reinicializações recentes?
Continue a depuração dependendo do estado dos pods.
Meu pod fica em estado pending
Se um Pod estiver preso em Pending, significa que ele não pode ser alocado em um nó.
Geralmente, isso ocorre porque há recursos insuficientes de algum tipo, impedindo a alocação.
Verifique a saída do comando kubectl describe ... mencionado acima.
Deve haver mensagens do escalonador explicando por que o Pod não pode ser alocado. As razões incluem:
Você não tem recursos suficientes: Pode ser que você tenha esgotado a capacidade de CPU ou Memória no seu cluster.
Nesse caso, você precisa excluir Pods, ajustar as solicitações de recursos ou adicionar novos nós ao cluster.
Consulte o documento Recursos de Computação para mais informações.
Você está usando hostPort: Quando você vincula um Pod a um hostPort, há um número limitado de locais onde esse Pod pode ser alocado.
Na maioria dos casos, hostPort é desnecessário, tente usar um objeto Service para expor seu Pod.
Se você realmente precisar de hostPort, então só poderá alocar tantos Pods quanto o número de nós no seu cluster Kubernetes.
Meu pod fica em estado waiting
Se um Pod estiver preso no estado Waiting, significa que ele foi alocado para um nó de trabalho,
mas não pode ser executado nessa máquina. Novamente, as informações do comando kubectl describe ...
devem fornecer detalhes úteis.
A causa mais comum para Pods em estado Waiting é a falha ao baixar a imagem.
Há três coisas que você deve verificar:
Certifique-se de que o nome da imagem está correto.
Você enviou a imagem para o registro?
Tente baixar a imagem manualmente para verificar se ela pode ser baixada. Por exemplo,
se você usa Docker no seu PC, execute docker pull .
Meu pod fica em estado terminating
Se um Pod estiver preso no estado Terminating, significa que uma solicitação de exclusão foi emitida,
mas a camada de gerenciamento não conseguiu remover o objeto do Pod.
Isso geralmente ocorre se o Pod possui um finalizer
e há um admission webhook
instalado no cluster que impede a camada de gerenciamento de remover o finalizer.
Para identificar esse cenário, verifique se seu cluster possui algum ValidatingWebhookConfiguration ou MutatingWebhookConfiguration que tenha como alvo
operações UPDATE para recursos pods.
Se o webhook for fornecido por um terceiro:
Certifique-se de estar usando a versão mais recente.
Desative o webhook para operações UPDATE.
Relate um problema ao provedor correspondente.
Se você for o autor do webhook:
Para um webhook de mutação, certifique-se de que ele nunca altere campos imutáveis
em operações UPDATE. Por exemplo, mudanças em contêineres geralmente não são permitidas.
Para um webhook de validação, garanta que suas regras de validação se apliquem apenas a novas alterações.
Em outras palavras, você deve permitir que Pods com violações existentes passem pela validação.
Isso permite que Pods criados antes da instalação do webhook continuem em execução.
Meu pod está falhando ou não está íntegro
Depois que seu Pod for alocado, você pode usar os métodos descritos em
Depurando Pods em Execução para depuração.
Meu pod está em execução, mas não faz o que eu defini
Se o seu pod não está se comportando como esperado, pode haver um erro na descrição do pod
(por exemplo, no arquivo mypod.yaml em sua máquina local) que foi ignorado silenciosamente
ao criar o pod. Muitas vezes, uma seção da descrição do pod pode estar aninhada incorretamente
ou um nome de chave pode ter sido digitado incorretamente, fazendo com que a chave seja ignorada.
Por exemplo, se você digitou commnd em vez de command, o pod será criado,
mas não usará o comando que você pretendia.
A primeira coisa a fazer é excluir seu pod e tentar criá-lo novamente usando a opção --validate.
Por exemplo, execute kubectl apply --validate -f mypod.yaml.
Se você digitou command incorretamente como commnd, verá um erro como este:
I0805 10:43:25.129850 46757 schema.go:126] unknown field: commnd
I0805 10:43:25.129973 46757 schema.go:129] this may be a false alarm, see https://github.com/kubernetes/kubernetes/issues/6842
pods/mypod
A próxima coisa a verificar é se o pod no servidor da API corresponde ao pod que você pretendia criar
(por exemplo, no arquivo yaml em sua máquina local).
Por exemplo, execute kubectl get pods/mypod -o yaml > mypod-on-apiserver.yaml em seguida,
compare manualmente a descrição original do pod, mypod.yaml com a versão obtida do servidor da API, mypod-on-apiserver.yaml.
Normalmente, a versão do "servidor da API" terá algumas linhas extras que não estão na versão original,
o que é esperado. No entanto, se houver linhas na versão original que não aparecem na versão do servidor da API,
isso pode indicar um problema na especificação do seu pod.
Depurando Replication Controllers
Replication Controllers são bastante diretos. Eles podem criar pods ou não.
Se não conseguirem criar pods, consulte as
instruções acima para depurar seus pods.
Você também pode usar kubectl describe rc ${CONTROLLER_NAME} para examinar eventos
relacionados ao replication controller.
Depurando Services
Os Services fornecem balanceamento de carga entre um conjunto de pods.
Existem vários problemas comuns que podem fazer com que os Services não funcionem corretamente.
As instruções a seguir devem ajudar na depuração de problemas com Services.
Primeiro, verifique se há endpoints para o Service.
Para cada objeto Service, o servidor da API disponibiliza um recurso endpoints.
Você pode visualizar esse recurso com o seguinte comando:
kubectl get endpoints ${SERVICE_NAME}
Certifique-se de que os endpoints correspondem ao número de pods que você espera que sejam membros do seu service.
Por exemplo, se seu Service estiver associado a um container Nginx com 3 réplicas,
você deve esperar ver três endereços IP diferentes nos endpoints do Service.
Meu Service não possui endpoints
Se os endpoints estiverem ausentes, tente listar os pods usando os rótulos que o Service utiliza.
Por exemplo, imagine que você tenha um Service com os seguintes rótulos:
...spec:- selector:name:nginxtype:frontend
Você pode usar:
kubectl get pods --selector=name=nginx,type=frontend
para listar os pods que correspondem a esse seletor. Verifique se a lista corresponde aos pods que você espera que forneçam seu Service.
Além disso, certifique-se de que o containerPort do pod corresponde ao targetPort do service.
Se nenhuma das soluções acima resolver seu problema, siga as instruções no
documento de Depuração de Services
para garantir que seu Service está em execução, possui Endpoints e que seus Pods
estão realmente respondendo; além disso, verifique se o DNS está funcionando,
as regras do iptables estão configuradas corretamente e se o kube-proxy não está com problemas.
Um problema que surge com bastante frequência em novas instalações do Kubernetes
é que um Service não está funcionando corretamente. Você implantou seus Pods
através de um Deployment (ou outro controlador de carga de trabalho) e criou um Service,
mas não recebe nenhuma resposta ao tentar acessá-lo. Este documento,
esperançosamente, ajudará você a descobrir o que está errado.
Executando comandos em um Pod
Para muitas etapas aqui, você desejará ver o que um Pod em execução no cluster
está enxergando. A maneira mais simples de fazer isso é executar um Pod interativo
com busybox:
kubectl run -it --rm --restart=Never busybox --image=gcr.io/google-containers/busybox sh
Nota:
Se você não vir um prompt de comando, tente pressionar Enter.
Se você já tem um Pod em execução que prefere usar, você pode executar um
comando nele usando:
Para os propósitos deste passo a passo, vamos executar alguns Pods. Como você
provavelmente está depurando seu próprio Service, pode substituir os detalhes
pelos seus próprios ou seguir junto para obter um segundo ponto de referência.
O rótulo "app" é definido automaticamente pelo kubectl create deployment como o nome do Deployment.
Você pode confirmar que seus Pods estão em execução:
kubectl get pods -l app=hostnames
NAME READY STATUS RESTARTS AGE
hostnames-632524106-bbpiw 1/1 Running 0 2m
hostnames-632524106-ly40y 1/1 Running 0 2m
hostnames-632524106-tlaok 1/1 Running 0 2m
Você também pode confirmar que seus Pods estão respondendo. Você pode obter a
lista de endereços IP dos Pods e testá-los diretamente.
kubectl get pods -l app=hostnames \
-o go-template='{{range .items}}{{.status.podIP}}{{"\n"}}{{end}}'
10.244.0.5
10.244.0.6
10.244.0.7
O contêiner de exemplo usado neste passo a passo serve seu próprio hostname
via HTTP na porta 9376, mas se você estiver depurando sua própria aplicação,
deverá usar o número da porta na qual seus Pods estão escutando.
De dentro de um Pod:
for ep in 10.244.0.5:9376 10.244.0.6:9376 10.244.0.7:9376; do wget -qO- $epdone
Se você não estiver recebendo as respostas esperadas neste ponto, seus Pods
podem não estar íntegro ou podem não estar ouvindo na porta que você pensa
que estão. Você pode achar útil usar kubectl logs para ver o que está
acontecendo ou, talvez, seja necessário executar kubectl exec diretamente
em seus Pods e depurar a partir daí.
Supondo que tudo tenha ocorrido conforme o esperado até agora, você pode começar
a investigar por que seu Service não está funcionando.
O Service existe?
O leitor atento terá notado que você ainda não criou um Service – isso é
intencional. Esse é um passo que às vezes é esquecido e é a primeira coisa a verificar.
O que aconteceria se você tentasse acessar um Service inexistente? Se você
tiver outro Pod que consome esse Service pelo nome, obteria algo como:
wget -O- hostnames
Resolving hostnames (hostnames)... failed: Name or service not known.
wget: unable to resolve host address 'hostnames'
A primeira coisa a verificar é se esse Service realmente existe:
kubectl get svc hostnames
No resources found.
Error from server (NotFound): services "hostnames" not found
Vamos criar o Service. Como antes, isso faz parte do passo a passo – você pode
usar os detalhes do seu próprio Service aqui.
Para destacar toda a gama de configurações, o Service que você criou aqui
usa um número de porta diferente dos Pods. Para muitos Services do mundo real,
esses valores podem ser os mesmos.
Alguma regra de Network Policy Ingress está afetando os Pods de destino?
Se você implantou alguma regra de Network Policy Ingress que possa afetar o
tráfego de entrada para os Pods hostnames-*, elas precisam ser revisadas.
Se isso funcionar, você precisará ajustar sua aplicação para usar um nome
qualificado pelo namespace ou executar sua aplicação e o Service no mesmo Namespace.
Se isso ainda falhar, tente um nome totalmente qualificado:
Observe o sufixo aqui: "default.svc.cluster.local". O "default" é o Namespace
no qual você está operando. O "svc" indica que este é um Service. O "cluster.local"
é o domínio do seu cluster, que PODE ser diferente no seu próprio cluster.
Você também pode tentar isso a partir de um Node no cluster:
Nota:
10.0.0.10 é o IP do Service DNS do cluster, o seu pode ser diferente.
Se você conseguir fazer uma consulta de nome totalmente qualificado, mas não
uma relativa, precisará verificar se o arquivo /etc/resolv.conf no seu Pod
está correto. De dentro de um Pod:
A linha nameserver deve indicar o Service DNS do seu cluster. Isso é passado
para o kubelet com a flag --cluster-dns.
A linha search deve incluir um sufixo apropriado para que o nome do Service
seja encontrado. Neste caso, ele está procurando Services no Namespace local
("default.svc.cluster.local"), Services em todos os Namespaces ("svc.cluster.local"),
e, por último, nomes no cluster ("cluster.local"). Dependendo da sua instalação,
você pode ter registros adicionais depois disso (até um total de 6). O sufixo
do cluster é passado para o kubelet com a flag --cluster-domain. Ao longo
deste documento, assumimos que o sufixo do cluster é "cluster.local". Seu
cluster pode estar configurado de forma diferente, e, nesse caso, você deve
ajustar isso em todos os comandos anteriores.
A linha options deve definir ndots com um valor alto o suficiente para que
sua biblioteca cliente de DNS considere os caminhos de pesquisa. O Kubernetes
define isso como 5 por padrão, o que é suficiente para cobrir todos os nomes
DNS que ele gera.
Algum Service funciona pelo nome DNS?
Se as etapas anteriores ainda falharem, as consultas DNS não estão funcionando
para seu Service. Você pode dar um passo atrás e verificar o que mais não está
funcionando. O Service principal do Kubernetes deve sempre funcionar. De dentro
de um Pod:
Se isso falhar, consulte a seção kube-proxy deste
documento ou até volte ao início e comece novamente, mas, em vez de depurar seu
próprio Service, depure o Service de DNS.
O Service funciona pelo IP?
Supondo que você tenha confirmado que o DNS está funcionando, o próximo passo
é testar se o seu Service funciona pelo endereço IP. A partir de um Pod no seu
cluster, acesse o IP do Service (obtido com kubectl get acima).
for i in $(seq 1 3); do wget -qO- 10.0.1.175:80
done
Se o seu Service estiver funcionando, você deverá obter respostas corretas.
Caso contrário, há várias possíveis causas para o problema. Continue lendo.
O Service está definido corretamente?
Pode parecer óbvio, mas você deve realmente verificar duas ou três vezes se
seu Service está correto e corresponde à porta do seu Pod. Leia novamente seu
Service e verifique:
A porta do Service que você está tentando acessar está listada em spec.ports[]?
O targetPort está correto para seus Pods (alguns Pods usam uma porta diferente da do Service)?
Se você pretende usar uma porta numérica, ela está especificada como um número (9376) ou como uma string ("9376")?
Se você pretende usar uma porta nomeada, seus Pods expõem uma porta com o mesmo nome?
O protocol da porta está correto para seus Pods?
O Service tem algum Endpoint?
Se você chegou até aqui, já confirmou que seu Service está corretamente
definido e resolvido pelo DNS. Agora, vamos verificar se os Pods que você
executou estão realmente sendo selecionados pelo Service.
Anteriormente, você viu que os Pods estavam em execução. Você pode verificar
novamente:
kubectl get pods -l app=hostnames
NAME READY STATUS RESTARTS AGE
hostnames-632524106-bbpiw 1/1 Running 0 1h
hostnames-632524106-ly40y 1/1 Running 0 1h
hostnames-632524106-tlaok 1/1 Running 0 1h
O argumento -l app=hostnames é um seletor de rótulo configurado no Service.
A coluna "AGE" indica que esses Pods têm cerca de uma hora de idade, o que
implica que estão funcionando corretamente e não estão falhando.
A coluna "RESTARTS" indica que esses Pods não estão falhando frequentemente
ou sendo reiniciados. Reinicializações frequentes podem causar problemas
intermitentes de conectividade. Se a contagem de reinicializações for alta,
leia mais sobre como depurar pods.
Dentro do sistema Kubernetes, existe um loop de controle que avalia o seletor
de cada Service e salva os resultados em um objeto Endpoints correspondente.
kubectl get endpoints hostnames
NAME ENDPOINTS
hostnames 10.244.0.5:9376,10.244.0.6:9376,10.244.0.7:9376
Isso confirma que o controlador de endpoints encontrou os Pods corretos para
seu Service. Se a coluna ENDPOINTS estiver com <none>, você deve verificar
se o campo spec.selector do seu Service realmente seleciona os valores de
metadata.labels nos seus Pods. Um erro comum é ter um erro de digitação ou
outra inconsistência, como o Service selecionando app=hostnames, mas o
Deployment especificando run=hostnames, como em versões anteriores à 1.18,
onde o comando kubectl run também poderia ser usado para criar um Deployment.
Os Pods estão funcionando?
Neste ponto, você já sabe que seu Service existe e selecionou seus Pods. No
início deste passo a passo, você verificou os próprios Pods. Vamos verificar
novamente se os Pods estão realmente funcionando – você pode ignorar o
mecanismo do Service e ir diretamente para os Pods, conforme listado nos
Endpoints acima.
Nota:
Esses comandos usam a porta do Pod (9376), em vez da porta do Service (80).
De dentro de um Pod:
for ep in 10.244.0.5:9376 10.244.0.6:9376 10.244.0.7:9376; do wget -qO- $epdone
Você espera que cada Pod na lista de Endpoints retorne seu próprio hostname.
Se isso não acontecer (ou se o comportamento correto for diferente para seus
próprios Pods), você deve investigar o que está acontecendo.
O kube-proxy está funcionando?
Se você chegou até aqui, seu Service está em execução, possui Endpoints e seus
Pods estão realmente respondendo. Neste ponto, todo o mecanismo de proxy do
Service pode ser o problema. Vamos confirmá-lo, parte por parte.
A implementação padrão dos Services, e a mais usada na maioria dos clusters,
é o kube-proxy. Esse é um programa que roda em cada nó e configura um dos
mecanismos disponíveis para fornecer a abstração de Service. Se seu cluster
não usa kube-proxy, as próximas seções não se aplicarão, e você precisará
investigar qual implementação de Services está em uso.
O kube-proxy está em execução?
Confirme que o kube-proxy está rodando nos seus Nodes. Executando diretamente
em um Node, você deve obter algo como o seguinte:
Em seguida, confirme que ele não está falhando em algo óbvio, como contatar o
master. Para isso, você precisará verificar os logs. O acesso aos logs depende
do sistema operacional do Node. Em alguns sistemas, é um arquivo, como
/var/log/kube-proxy.log, enquanto em outros, os logs podem ser acessados com
journalctl. Você deve ver algo como:
I1027 22:14:53.995134 5063 server.go:200] Running in resource-only container "/kube-proxy"
I1027 22:14:53.998163 5063 server.go:247] Using iptables Proxier.
I1027 22:14:54.038140 5063 proxier.go:352] Setting endpoints for "kube-system/kube-dns:dns-tcp" to [10.244.1.3:53]
I1027 22:14:54.038164 5063 proxier.go:352] Setting endpoints for "kube-system/kube-dns:dns" to [10.244.1.3:53]
I1027 22:14:54.038209 5063 proxier.go:352] Setting endpoints for "default/kubernetes:https" to [10.240.0.2:443]
I1027 22:14:54.038238 5063 proxier.go:429] Not syncing iptables until Services and Endpoints have been received from master
I1027 22:14:54.040048 5063 proxier.go:294] Adding new service "default/kubernetes:https" at 10.0.0.1:443/TCP
I1027 22:14:54.040154 5063 proxier.go:294] Adding new service "kube-system/kube-dns:dns" at 10.0.0.10:53/UDP
I1027 22:14:54.040223 5063 proxier.go:294] Adding new service "kube-system/kube-dns:dns-tcp" at 10.0.0.10:53/TCP
Se você vir mensagens de erro sobre a impossibilidade de contatar o master,
deve verificar novamente a configuração do seu Node e as etapas de instalação.
O kube-proxy pode rodar em diferentes modos. No log listado acima, a linha
Using iptables Proxier indica que o kube-proxy está rodando no modo
"iptables". O outro modo mais comum é o "ipvs".
Modo Iptables
No modo "iptables", você deve ver algo como o seguinte em um Node:
iptables-save | grep hostnames
-A KUBE-SEP-57KPRZ3JQVENLNBR -s 10.244.3.6/32 -m comment --comment "default/hostnames:" -j MARK --set-xmark 0x00004000/0x00004000
-A KUBE-SEP-57KPRZ3JQVENLNBR -p tcp -m comment --comment "default/hostnames:" -m tcp -j DNAT --to-destination 10.244.3.6:9376
-A KUBE-SEP-WNBA2IHDGP2BOBGZ -s 10.244.1.7/32 -m comment --comment "default/hostnames:" -j MARK --set-xmark 0x00004000/0x00004000
-A KUBE-SEP-WNBA2IHDGP2BOBGZ -p tcp -m comment --comment "default/hostnames:" -m tcp -j DNAT --to-destination 10.244.1.7:9376
-A KUBE-SEP-X3P2623AGDH6CDF3 -s 10.244.2.3/32 -m comment --comment "default/hostnames:" -j MARK --set-xmark 0x00004000/0x00004000
-A KUBE-SEP-X3P2623AGDH6CDF3 -p tcp -m comment --comment "default/hostnames:" -m tcp -j DNAT --to-destination 10.244.2.3:9376
-A KUBE-SERVICES -d 10.0.1.175/32 -p tcp -m comment --comment "default/hostnames: cluster IP" -m tcp --dport 80 -j KUBE-SVC-NWV5X2332I4OT4T3
-A KUBE-SVC-NWV5X2332I4OT4T3 -m comment --comment "default/hostnames:" -m statistic --mode random --probability 0.33332999982 -j KUBE-SEP-WNBA2IHDGP2BOBGZ
-A KUBE-SVC-NWV5X2332I4OT4T3 -m comment --comment "default/hostnames:" -m statistic --mode random --probability 0.50000000000 -j KUBE-SEP-X3P2623AGDH6CDF3
-A KUBE-SVC-NWV5X2332I4OT4T3 -m comment --comment "default/hostnames:" -j KUBE-SEP-57KPRZ3JQVENLNBR
Para cada porta de cada Service, deve haver uma regra em KUBE-SERVICES e
uma cadeia KUBE-SVC-<hash>. Para cada endpoint do Pod, deve haver um pequeno
número de regras nessa cadeia KUBE-SVC-<hash> e uma cadeia KUBE-SEP-<hash>
com algumas regras dentro dela. As regras exatas podem variar dependendo da sua
configuração específica (incluindo node-ports e load-balancers).
Modo IPVS
No modo "ipvs", você deve ver algo como o seguinte em um Node:
Para cada porta de cada Service, além de qualquer NodePort, IP externo e IP de
load-balancer, o kube-proxy criará um servidor virtual. Para cada endpoint de
Pod, ele criará servidores reais correspondentes. Neste exemplo, o Service
hostnames (10.0.1.175:80) tem 3 endpoints (10.244.0.5:9376,
10.244.0.6:9376, 10.244.0.7:9376).
O kube-proxy está realizando o proxy?
Supondo que você tenha identificado um dos casos acima, tente novamente acessar
seu Service pelo IP a partir de um dos seus Nodes:
curl 10.0.1.175:80
hostnames-632524106-bbpiw
Se isso ainda falhar, verifique os logs do kube-proxy em busca de linhas
específicas como:
Setting endpoints for default/hostnames:default to [10.244.0.5:9376 10.244.0.6:9376 10.244.0.7:9376]
Se você não encontrar essas mensagens nos logs, tente reiniciar o kube-proxy
com a flag -v definida como 4 e, em seguida, verifique os logs novamente.
Caso extremo: Um Pod não consegue acessar a si mesmo pelo IP do Service
Isso pode parecer improvável, mas acontece e deveria funcionar corretamente.
Esse problema pode ocorrer quando a rede não está configurada corretamente para
tráfego "hairpin", geralmente quando o kube-proxy está rodando no modo
iptables e os Pods estão conectados por meio de uma rede bridge. O Kubelet
expõe um parâmetro hairpin-mode na linha de comando
que permite que os endpoints de um Service realizem balanceamento de carga para
si mesmos ao tentar acessar seu próprio VIP do Service. O parâmetro
hairpin-mode deve estar configurado como hairpin-veth ou promiscuous-bridge.
As etapas comuns para solucionar esse problema são as seguintes:
Confirme se o hairpin-mode está configurado como hairpin-veth ou
promiscuous-bridge. Você deve ver algo semelhante ao seguinte. No exemplo
abaixo, hairpin-mode está definido como promiscuous-bridge:
Confirme o hairpin-mode efetivo. Para isso, será necessário verificar o
log do kubelet. O acesso aos logs depende do sistema operacional do Node. Em
alguns sistemas, ele está em um arquivo como /var/log/kubelet.log, enquanto
em outros, os logs podem ser acessados com journalctl. Observe que o modo
hairpin efetivo pode não corresponder à flag --hairpin-mode devido a
questões de compatibilidade. Verifique se há linhas de log contendo a palavra-chave
hairpin no kubelet.log. Deve haver linhas indicando o modo hairpin efetivo,
como algo semelhante ao seguinte:
I0629 00:51:43.648698 3252 kubelet.go:380] Hairpin mode set to "promiscuous-bridge"
Se o modo hairpin efetivo for hairpin-veth, certifique-se de que o Kubelet
tem permissão para operar em /sys no Node. Se tudo estiver funcionando
corretamente, você deve ver algo como:
for intf in /sys/devices/virtual/net/cbr0/brif/*; do cat $intf/hairpin_mode; done
1
1
1
1
Se o modo hairpin efetivo for promiscuous-bridge, certifique-se de que o
Kubelet tem permissão para manipular a bridge Linux no Node. Se a bridge cbr0
for usada e configurada corretamente, você deve ver:
ifconfig cbr0 |grep PROMISC
UP BROADCAST RUNNING PROMISC MULTICAST MTU:1460 Metric:1
Procure ajuda se nenhuma das opções acima funcionar.
Procure ajuda
Se você chegou até aqui, algo muito estranho está acontecendo. Seu Service
está rodando, tem Endpoints e seus Pods estão realmente respondendo. O DNS
está funcionando e o kube-proxy não parece estar com problemas. E, mesmo
assim, seu Service não está funcionando. Informe-nos o que está acontecendo,
para que possamos ajudar a investigar!
Você precisa ter um cluster Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl
configurada para se comunicar com seu cluster.
Você deve ter um StatefulSet em execução que deseja investigar.
Depuração de um StatefulSet
Para listar todos os Pods que pertencem a um StatefulSet e possuem o rótulo app.kubernetes.io/name=MyApp definido, você pode usar o seguinte comando:
kubectl get pods -l app.kubernetes.io/name=MyApp
Se você notar que algum dos Pods listados está no estado Unknown ou Terminating por um longo período, consulte a tarefa Excluindo Pods de um StatefulSet para obter instruções sobre como lidar com esses casos.
Você pode depurar Pods individuais em um StatefulSet utilizando o guia Depuração de Pods.
Esta página mostra como escrever e ler uma mensagem de término do contêiner.
Mensagens de término fornecem uma maneira para os contêineres registrarem informações sobre eventos fatais em um local onde possam ser facilmente recuperadas e exibidas por ferramentas como painéis e softwares de monitoramento. Na maioria dos casos, as informações incluídas em uma mensagem de término também devem ser registradas nos
logs do Kubernetes.
Antes de você começar
Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:
Neste exercício, você cria um Pod que executa um único contêiner.
O manifesto para esse Pod especifica um comando que é executado quando o contêiner é iniciado:
No arquivo YAML, nos campos command e args, é possível ver que o
contêiner dorme por 10 segundos e, em seguida, escreve "Sleep expired"
no arquivo /dev/termination-log. Após escrever a mensagem "Sleep expired",
o contêiner é encerrado.
Exiba informações sobre o Pod:
kubectl get pod termination-demo
Repita o comando anterior até que o Pod não esteja mais em execução.
Use um template Go para filtrar a saída, de modo que inclua apenas a mensagem de término:
kubectl get pod termination-demo -o go-template="{{range .status.containerStatuses}}{{.lastState.terminated.message}}{{end}}"
Se você estiver executando um Pod com vários contêineres, pode usar um template Go
para incluir o nome do contêiner.
Dessa forma, você pode descobrir qual dos contêineres está falhando:
kubectl get pod multi-container-pod -o go-template='{{range .status.containerStatuses}}{{printf "%s:\n%s\n\n" .name .lastState.terminated.message}}{{end}}'
Personalizando a mensagem de término
O Kubernetes recupera mensagens de término do arquivo especificado no campo
terminationMessagePath de um contêiner, que tem o valor padrão de /dev/termination-log.
Ao personalizar esse campo, você pode instruir o Kubernetes a usar um arquivo diferente.
O Kubernetes usa o conteúdo do arquivo especificado para preencher a mensagem de status
do contêiner, tanto em casos de sucesso quanto de falha.
A mensagem de término deve ser um breve status final, como uma mensagem de falha de asserção.
O kubelet trunca mensagens que excedam 4096 bytes.
O tamanho total da mensagem entre todos os contêineres é limitado a 12KiB,
sendo dividido igualmente entre cada contêiner.
Por exemplo, se houver 12 contêineres (initContainers ou containers),
cada um terá 1024 bytes disponíveis para a mensagem de término.
O caminho padrão para a mensagem de término é /dev/termination-log.
Não é possível definir o caminho da mensagem de término após o lançamento de um Pod.
No exemplo a seguir, o contêiner grava mensagens de término em
/tmp/my-log para que o Kubernetes possa recuperá-las:
Além disso, os usuários podem definir o campo terminationMessagePolicy de um contêiner
para uma personalização adicional. Esse campo tem como valor padrão "File",
o que significa que as mensagens de término são recuperadas apenas do arquivo
de mensagem de término.
Ao definir terminationMessagePolicy como "FallbackToLogsOnError", você instrui
o Kubernetes a usar o último trecho do log de saída do contêiner caso o arquivo
de mensagem de término esteja vazio e o contêiner tenha encerrado com erro.
A saída do log é limitada a 2048 bytes ou 80 linhas, o que for menor.
Esta página mostra como investigar problemas relacionados à execução de contêineres de inicialização.
As linhas de comando de exemplo abaixo referem-se ao pod como <pod-name> e aos contêineres de inicialização como <init-container-1> e
<init-container-2>.
Antes de você começar
Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:
Você também pode acessar programaticamente os status dos contêineres de inicialização,
lendo o campo status.initContainerStatuses nas especificações do pod:
kubectl get pod nginx --template '{{.status.initContainerStatuses}}'
Este comando retornará as mesmas informações acima em JSON bruto.
Acessando logs de contêineres de inicialização
Passe o nome do contêiner de inicialização junto com o nome do Pod
para acessar seus logs.
kubectl logs <pod-name> -c <init-container-2>
Contêineres de inicialização que executam comandos de script de shell imprimem
à medida que são executados. Por exemplo, você pode fazer isso no Bash executando set -x no início do script.
Entendendo sobre o status do pod
Um status do Pod começando com Init: resume o status da execução de contêineres de inicialização.
A tabela abaixo descreve alguns valores de status de exemplo que você pode ver durante a depuração de contêineres de inicialização.
Status
Significado
Init:N/M
O pod tem contêineres de inicialização M e N que foram concluídas até agora.
Init:Error
Um contêiner de inicialização falhou ao executar.
Init:CrashLoopBackOff
Um contêiner de inicialização falhou repetidamente.
Pending
O pod ainda não começou a executar o contêiner de inicialização.
PodInitializing ou Running
O pod já concluiu a execução dos contêineres de inicialização.
1.6 - Obter um Shell em um Contêiner em Execução
Esta página mostra como usar kubectl exec para obter um shell em um contêiner em execução.
Antes de você começar
Você precisa ter um cluster do Kubernetes e a ferramenta de linha de comando kubectl deve estar configurada para se comunicar com seu cluster. É recomendado executar esse tutorial em um cluster com pelo menos dois nós que não estejam atuando como hosts de camada de gerenciamento. Se você ainda não possui um cluster, pode criar um usando o minikube ou pode usar um dos seguintes ambientes:
O duplo traço (--) separa os argumentos que você deseja passar para o comando dos argumentos do kubectl.
No seu shell, liste o diretório raiz:
# Execute isso dentro do contêinerls /
No seu shell, experimente outros comandos. Aqui estão alguns exemplos:
# Você pode executar esses comandos de exemplo dentro do contêinerls /
cat /proc/mounts
cat /proc/1/maps
apt-get update
apt-get install -y tcpdump
tcpdump
apt-get install -y lsof
lsof
apt-get install -y procps
ps aux
ps aux | grep nginx
Escrevendo a página raiz para o nginx
Veja novamente o arquivo de configuração do seu Pod. O Pod
possui um volume emptyDir, e o contêiner monta esse volume
em /usr/share/nginx/html.
No seu shell, crie um arquivo index.html no diretório /usr/share/nginx/html:
# Execute isso dentro do contêinerecho'Hello shell demo' > /usr/share/nginx/html/index.html
No seu shell, envie uma solicitação GET para o servidor nginx:
# Execute isso no shell dentro do seu contêinerapt-get update
apt-get install curl
curl http://localhost/
A saída exibe o texto que você escreveu no arquivo index.html:
Hello shell demo
Quando terminar de usar o shell, digite exit.
exit# Para sair do shell no contêiner
Executando comandos individuais em um contêiner
Em uma janela de comando comum, fora do seu shell, liste as variáveis de ambiente no contêiner em execução:
kubectl exec shell-demo -- env
Experimente executar outros comandos. Aqui estão alguns exemplos:
kubectl exec shell-demo -- ps aux
kubectl exec shell-demo -- ls /
kubectl exec shell-demo -- cat /proc/1/mounts
Abrindo um shell quando um Pod tem mais de um contêiner
Se um Pod tiver mais de um contêiner, use --container ou -c para
especificar um contêiner no comando kubectl exec. Por exemplo,
suponha que você tenha um Pod chamado my-pod, e esse Pod tenha dois contêineres
chamados main-app e helper-app. O seguinte comando abriria um
shell no contêiner main-app.